Não é o que queria ser
Mas é algo do que gosta,
Deu menos valor ao ter,
A saúde foi sua aposta.
Cinco anos na academia,
Licenciado em direito,
Exerceu advocacia,
Mas não a levou a peito,
Bem poderia ter sido
Rico e famoso advogado,
Não escolheu, foi escolhido,
Para deixar outro legado.
Na barra dos tribunais
Não seria menos bom,
À frente dos hospitais
É que irá mostrar o seu dom.
Mas antes foi desportista,
Até mesmo federado,
Sem esquecer o artista
Do teatro declamado.
Pelo meio há mais paixões,
Há um Vasco cineclubista,
Arte, ideias, emoções,
Do beau ciné saudosista.
Nado e criado em Coimbra,
Para o sul há-de emigrar,
Só não foi trolha... em Sesimbra,
E seu fado foi ensinar.
É uma grande geração,
A de mil nove sessenta e dois,
Gente de contestação,
E liderança, depois.
Não foi Ministro, de minus,
Menor, servo, servidor,
Dedicou-se a outro múnus,
O de público gestor.
O resto da sua história
Já é melhor conhecida:
Com honra e sem vanglória,
É uma vida preenchida.
Oxalá não fossem loas
O que se diz amiúde,
Que o melhor são as pessoas
Nas escolas da saúde.
Que isto fique em acta:
Régio Vasco, vales ouro;
Mesmo mal pago, em prata (1),
Desta escola és um tesouro.
Lisboa, Restaurante Faz Figura, 6 de Junho de 2007
Letra: Luís Graça
(1) Trocadinho: referência à salva de prata que lhe foi oferecida na ocasião por um grupo de pessoal docente e não docente da ENSP/UNL
terça-feira, julho 10, 2007
Blogantologia(s) II - (41): Homenagem ao Prof Doutor Vasco Reis
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