Nada disto é fado
Nada disto é fado, é apenas história (de)vida,
Ruas do ouro e da prata, de outrora, querida.
Colina acima, rua abaixo, no metro de Lisboa,
Ou no amarelo da Carris, é a vida, à toa.
A vida é um assalto à caixa de Pandora, meu amor.
Beware of pickpockets, avisa o revisor…
Alcântara, a ponte de fogo, suspensa
Sobre a tua cabeça, e a nossa raiva, tensa.
Em Almada, a teus pés, tens o estuário do Tejo,
Mas é na solidão do Terreiro do Paço que eu mais te desejo.
Compro castanhas, quentes e boas, com ternura,
Enquanto a vida segue pelas ruas, sujas, da amargura.
Nada disto é fado, é apenas história (de)vida,
Ruas do ouro e da prata, de outrora, querida.
21/3/2011
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